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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Em clima de férias...

Brincadeira de criança

- Posso, mãe?
- Nem pensar!
- Aaah, deixe, vá...
- Nada disso!
- O que custa, mãe?
- Custa o meu sossego! E, além disso, eu não posso deixar o meu filho fazer tudo que quiser!
- Mas, mãe...
- Nada de “mas”! Primeiro, a história da praia! Pronto, aqui estamos nós, sob esse sol forte, agüentando este calor infernal; depois, os quatro sorvetes; em seguida: “mãe, você deixa eu enterrá-lo na areia?”. E o que foi que eu fiz?! Deixei você enterrá-lo! Agora você vem querendo tirar ele de lá!? Pra mim chega! Você está se tornando um menino muito mimado e insistente demais pro meu gosto!
- Mas, mãe... Eu preciso desenterrá-lo! Ele é o meu brinquedo predileto!
- Ah, não! Logo agora que tudo ficou tão agradável, tão quieto, tão tranqüilo...
- Mas mãe...
- Foi o seu pai quem mandou você insistir, é?
- Não, mãe!
- Seja sincero!
- Eu juro que o papai não falou nem uma palavra! E nem poderia...
- Hum!
- Posso desenterrar?
- Já falei e repito: não! E caso encerrado!
- Puxa! Eu queria tanto desenterrá-lo... Seria tão divertido! Eu iria levá-lo para brincar comigo lá no mar...
- No mar, é!? Bem lá longe?
- É, mãe! Tão longe que você nem iria conseguir ver...
- É melhor não...
- Deixe, mãe... É o meu último pedido por hoje...
- Não sei, não...
- Eu prometo que vou brincar com ele o mais longe que você possa imaginar!
- Promete?
- Prometo! Posso desenterrá-lo, mãe?
- Calma! Eu estou pensando...
- E se depois eu enterrá-lo de novo?
- Ah, assim sim! Pode desenterrá-lo!
- Oba! Viva! Valeu, mãe!
- Mas veja se não vai quebrar a promessa, hem?! Eu quero ver aquele seu brinquedo insuportável bem longe de mim!
- Pode deixar, mãe!
- E que fique bem entendido que eu só deixei por sua causa, filho! Assim você para de me azucrinar!
- Tá, mãe!
- Espere! Como é que se diz?
- Muito obrigado, mãe!
- De nada! Agora vá de uma vez...
- Tchau, mãe! Pai! Pai! Ô, paiiiiêê...
- Hunf! Hummm... Mmm...
- “Perái”, pai! Eu já vou tirar o balde da sua cabeça... Xi... Tá difícil... Humm... Pronto!
- Até que enfim! E aí, filhão, o que sua mãe falou?
- Ela deixou eu desenterrar...
- Ai, que maravilha! Então trate de me tirar daqui rápido, antes que ela mude de idéia! Filho, eu não agüentava mais ficar aqui, enterrado até o pescoço. Esta areia me deixa irritado! Tá tudo coçando! Ande logo com isso, filho! Seu “paizão” está louco para dar um mergulho...

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